quinta-feira, fevereiro 17, 2005

eis o porquê de todos andarem doidos...

numa tarde em que tudo parece correr mal. não é bem correr mal. FODASE!!!!!. tenho o costume de não me expressar correctamente e depois admiro-me de ser mal entendido.

recomeçando.

são dez horas da manhã. acordo mais uma vez, sem vontade de me levantar. a barba continua por desfazer e não tenho leite para fazer o pequeno almoço. que grande merda!!!!.
esta é a frase que estou a ouvir mais vezes quando acordo de manhã. não vejo grande coisa quando olho no espelho. estou demasiado chateado para me chatear, por isso simplesmente ignoro o que vejo.
calço as mesmas sapatilhas, visto a mesma camisa, a mesma calça, o mesmo pólo, o mesmo casaco e até sinto o mesmo isqueiro que ontem estava no bolso da camisa.

como não tivesse nada para fazer, demoro mais de uma hora para tomar o pequeno almoço. é sempre a mesma coisa!!!. já devia saber, mas também não me esforço para corrigir o que de errado ainda vejo à minha volta, por isso começo a não perder tempo com o que de errado vejo. bolas, lá estou eu outra vez a expressar mal o que quero tentar explicar. já devia saber, que o que está à minha volta não quer ser corrigido, por isso começo a ganhar tempo deixando de me preocupar com o que de errado vejo. porra, era isto que queria dizer.!!!

meia hora passou e os mesmos semáforos de ontem estão vermelhos e mais uma vez estou parado nos mesmos semáforos. o mesmo autocarro, ao meu lado parado. até mesmo as mesmas pessoas nas mesmas janelas. isto já começa a ser demais!!!!. não há nada que faça que não seja sempre a mesma coisa.

o telefone toca mais uma vez. a voz que ouço é a mesma que da última vez ouvi quando atendi o telefone. sempre as mesmas perguntas em contextos diferentes!!!. mas bolas, será que não conseguem perceber, que a resposta é exactamente a mesma, mas cujo contexto não é o mesmo. eu compreendo quem está do outro lado. pensa exactamente o mesmo que estou a pensar. está farto de perguntar sempre a mesma pergunta, e eu farto de dar sempre a mesma resposta.

o silêncio quase impera quando o telefone não toca, mas ouve-se o barulho das mesmas velhas teclas deste velho teclado e a mão direita começa a ficar fria novamente, quando de repente na sintonia e no entendimento que sempre existiu, nos surge a ideia de criar este local, para onde eu hoje exorciso, a minha rotina.

este foi sem dúvida um dos momentos mais saborosos, que já não tinha há muito tempo.

para ti Susie: XUAC! XUAC!